Simplificando o autocuidado para uma saúde melhor
Quando as pessoas pensam em autocuidado, muitas vezes evocam imagens de meditação, ioga, talvez, até mesmo um fim de semana em um SPA. Embora todos os primeiros possam tecnicamente se enquadrar no termo, na Global Self-Care Federation (GSCF), temos uma visão mais ampla do autocuidado e do que ele pode fazer pelas pessoas.
O autocuidado é a prática do indivíduo cuidar de sua saúde, utilizando os conhecimentos e as informações de que dispõe, em colaboração com os profissionais de saúde, conforme a necessidade. Quando implementado corretamente, os indivíduos geralmente se comprometem a realizar seis ações principais:
Fazer escolhas de estilo de vida saudáveis: isso envolve ser fisicamente ativo e comer de forma saudável
Evitar hábitos de vida pouco saudáveis: o que envolve evitar o fumo e o consumo excessivo de álcool
Fazer uso responsável de medicamentos: o que pode desempenhar um papel fundamental no autogerenciamento de doenças menores/em curso
Autor reconhecimento de sintomas: avaliação e tratamento dos sintomas, em parceria com um profissional de saúde, quando necessário.
Auto monitoramento: verificação de sinais de piora ou melhora.
Autogestão: gestão de sintomas de doenças, seja sozinho, em parceria com profissionais de saúde, ou ao lado de outras pessoas com as mesmas condições de saúde
E assim, capacitar as pessoas a gerenciar proativamente sua saúde está no centro da definição de autocuidado que promovemos. Os indivíduos e suas comunidades têm muito a ganhar seguindo esses pontos básicos. Os benefícios do autocuidado variam de melhores resultados de saúde a reduções significativas de custos para as famílias, o que fornece um incentivo financeiro.
Nestes casos, o autocuidado tem oferecido às pessoas maior disponibilidade de acesso efetivo à saúde. Em primeiro lugar, sabemos que proporciona às pessoas o know-how necessário para gerir as diferentes condições de saúde de acordo com a sua conveniência. Além disso, os custos para os indivíduos e os sistemas de saúde são reduzidos à medida que as pessoas consultam seu farmacêutico para lidar com condições leves, por exemplo.
Os desafios que os sistemas de saúdes enfrentam relacionados ao COVID-19, se tornarão cada vez mais pronunciados à medida que a população global envelheça, gerando um número maior de casos de doenças crônicas, precisando assim de acesso a cuidados de saúde eficazes. Nesse sentido, devemos ver o autocuidado como peça complementar no arsenal dos futuros sistemas de saúde.
O Índice de Preparação para o Autocuidado (Self-Care Readiness Index) da GSCF mostra que a incorporação de estratégias de prevenção, educação em saúde e auto monitoramento nos sistemas e programas de saúde nacionais tem grandes vantagens. No Egito, por exemplo, melhorias na saúde pública foram observadas por meio de uma variedade de campanhas educacionais e de triagem. Enquanto benefícios semelhantes têm sido observados na Tailândia, onde voluntários de programas da área da saúde em aldeias fortaleceram a atenção primária à saúde por meio da educação em saúde e do apoio ao autocuidado por mais de quatro décadas.
O envolvimento com o autocuidado tem vantagens significativas para as comunidades e os sistemas de saúde. Os formuladores de políticas, profissionais da indústria, ONGs e consumidores devem ser ousados o suficiente para continuar a promover sua importância a fim de aproveitar seu potencial transformador.